Lixão mantido pela Prefeitura de Itaperuna é interditado pelo MP

Policiais lotados no Grupo de Apoio aos Promotores (GAP) interditaram no final da tarde desta quarta-feira (08), o aterro Sanitário (lixão), mantido pela Prefeitura de Itaperuna, às margens da RJ 210, próximo do bairro São Mateus e que de acordo com o Ministério Público (MP), estaria funcionando ilegalmente, pois não possui licença de operação, que deve ser expedida por órgãos ambientais. O problema se arrasta deste 2009, quando foi instaurada uma ação civil pública na Promotoria da Tutela Coletiva da cidade. Mas até hoje, nada foi feito.

Além disso, os agentes constataram a existência de queima de detritos à céu aberto e o vazamento de chorume (liquido poluente) que estaria contaminando nascentes de água próximos. Um pouco mais cedo, a mesma equipe chegou a apreender caminhões compactadores da empresa terceirizada contratada pela prefeitura para realizar a coleta do lixo, em regime de emergência, após o rompimento de contrato com a companhia anterior. Tais veículos, também estariam irregulares. O caso foi apresentado ao plantão da 143ª Delegacia.

A mudança tem gerado protestos por parte de moradores, que reclamam da piora no serviço prestado. O prefeito, Marcos Vinícius Oliveira Pinto, comentou o assunto em uma rede social, sustentando que a coleta estará normalizada nos próximos dias.

– Algumas ruas ficaram sem recolhimento de lixo porque a firma foi trocada para melhor servir a população. Peço desculpas por esse atraso e acredito que a situação em breve, já estará normalizada em toda a cidade. O próximo compromisso nosso é arrumar o lixão, que se encontra em uma situação feia, pois os governos anteriores nunca olharam para ele, – justificou o prefeito em sua rede social dias atrás.

Neste último final de semana, o secretário municipal de Meio Ambiente, Waldriano Terra, também esteve na distrital, onde registrou ocorrência no qual afirmava que o incêndio na área poderia ter sido criminoso. No entanto, a possibilidade de autocombustão, de acordo com especialistas ouvidos pela Rádio Natividade, não pode ser descartada.

– Nestes locais de acúmulo de lixo, princialmente abaixo da camada superficial, existe grande concentração de gás, formado pela decomposição da matéria orgânica. Diante disso, seria sim possível, que o fogo tenha sido deflagrado sem a interferência humana. Neste caso, o próprio calor pode provocar as chamas. Mas só uma análise detalhada poderia determinar as causas, – destacou a fonte, que pediu para não ter o nome divulgado.

 

Rádio Natividade

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